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A história do paulistano Francisco Pinto se mistura com o crescimento das empresas de seguros no país. Nascido em 1923, terceiro dos cinco filhos do casal português José Ferreira Pinto e Carolina da Costa Pinto, passou parte da infância na casa da família na região central do Largo do Paissandu. Próximo à residência dos Pinto, no Vale do Anhangabaú, um "botequim" de propriedade da família logo ganhou a freguesia com suas iguarias portuguesas, como os famosos bolinhos de bacalhau, responsáveis pelo sustento e educação da prole do casal. Francisco assistiu de perto a construção do edifício Martinelli (1924-1934), uma obra prima e na época símbolo da maior edificação da cidade, que crescia de tamanho junto com a população de imigrantes na busca de novos caminhos. Quando o Brasil declarou guerra à Alemanha, em 1942, Francisco servia ao Exército como intendente em Guaratinguetá. Graças a um curso de datilografia ele se livrou do treinamento de guerra e a possível ida ao front. O país vivia dias conturbados e estava em alerta por conta da insegurança da Segunda Guerra Mundial. As empresas de seguro cresciam a cada dia. Desde a promulgação da Constituição de 1937 (Estado Novo), foi estabelecido o “Princípio de Nacionalização do Seguro”. Em consequência, foram criados alguns anos depois os seguros obrigatórios para comerciantes, industriais e concessionários de serviços públicos, pessoas físicas ou jurídicas, contra os riscos de incêndios e transportes (ferroviário, rodoviário, aéreo, marítimo, fluvial ou lacustre). Formado em contabilidade em 1944, o eficiente e determinado Francisco conseguiu um emprego no escritório central da Rochedo Cia. de Seguro, que foi comprada em 1949 pela Porto Seguro, unificando a administração e formando o Grupo Segurador Porto Seguro, considerada a maior seguradora do país. 
Em pouco tempo que trabalhava na Porto ganhou a confiança dos donos e virou o diretor de sinistros da empresa. Nos 26 anos que passou no mercado de seguros ficou conhecido como "resolvedor de problemas" e "realizador". Foi nos corredores da Porto que conheceu sua mulher, a secretária da empresa Calixta. Em 1975, Francisco montou em sua casa a própria corretora de seguros.  Anos depois, ele transferiu seu escritório de "home office" para uma casa na rua da Mooca. E foi nas salas deste prédio de pastilha cinza no bairro da zona leste de São Paulo que passou seus conhecimentos para os filhos e transformou a corretora em uma grande empresa familiar. Atualmente em sua terceira geração, a então Roqui Seguros, dá continuidade ao trabalho que Francisco iniciou, há 77 anos, com muita dedicação e honestidade no ramo de seguros.